sábado, 12 de julho de 2008

Space pop que veio da Austrália


Os Midnight Juggernatus também já tocam no Metro On Stage. Os australianos, envoltos em muito fumo, estão a mostrar pela primeira vez aos festivaleiros portugueses o space-indie-pop que veio da Austrália.

O METRO deixa aqui uma entervista com Andy Juggernaut, o baixista da banda, que fala à banda sobre a estreia em Portugal:

Como tem sido a digressão?
Muito boa. Toda a Europa é linda, tem muita história e cultura. É espectacular tocar para grandes públicos.

Quais as diferenças entre públicos?
Na Europa ouve-se música de uma forma positiva. São amantes de música. Nota-se mais diferença no Japão: são mais calados, mas ouvem muito a música. Mas também temos o inverso: por exemplo, em Barcelona, tivemos talvez um dos públicos mais enérgicos da nossa carreira. As pessoas divertiram-se e dançaram muito.

Vão ter no mesmo dia do vosso concerto alguns amigos vossos, como os MSTRKRFT.
Isso é óptimo! Uma das coisas que mais gostamos nos circuitos de festivais é que conhecemos bandas novas e tornamo-nos amigos.

A revista “Rolling Stone” descreve a vossa música como um cruzamento entre David Bowie, Kraftwerk e Faust. O que pensa disso?
É bom ser comparado a essas bandas, mas eu não levo isso a sério. Não gostamos de nos comparar com os artistas que já andam nisto há muitos anos. Nós somos uma banda nova que procura criar história. É óptimo dizerem coisas boas sobre nós, mas às vezes também dizem más...

Então que tipo de música fazem vocês?
Gostamos os três de vários tipos de música, portanto são várias influências e estilos. É muito dançante, em determinadas alturas, mas também gostamos de explorar outros ambientes e ter envolvimento mais cinemático e atmosférico. Resumindo talvez seja um “indie-dance” ou “space pop”...

E como são os concertos?
São um pouco diferentes do disco, porque apresentamo-nos como uma banda tradicional, com um som mais cru e com uma diferente interpretação, muito enérgico.
É mais um espectáculo de rock do que de electrónica. Gostamos de ver as pessoas a dançar e a mexer. Sempre gostámos dessa filosofia de concerto de rock.

O facto de aparecerem como uma banda normal e não como DJ permite mais interacção com o público?
Acho que sim. É importante lembrar que somos uma banda normal e não temos DJ. Escrevemos a nossa música da maneira tradicional, com guitarra e teclados. Ao vivo as pessoas sentem que existe ali uma propensão para o falhanço, por ser ao vivo.

Foi um pouco isto que se pode comprovar no Metro On Stage. Mesmo não tendo muitos fãs conhecedores da sua música, a banda foi conquistando aos poucos os muitos presentes na tenda. Nota para a energia do baterista Daniel Striker, que contribui muito para a transformação do estilo electrónico da banda num concerto mais rock. A voz de Vincenzi Vendetta, que está também encarregue das programações, faz lembrar o timbre de David Bowie.


O concerto foi sempre muito enérgico. Mas, como não podia deixar de ser, os temas "Road To Recovery" e "Into The Galaxy" levaram o público a um êxtase maior.

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito obrigado por esta entrevista! Uma pena ter falhado este concerto...